sexta-feira, 28 de outubro de 2011

China apoia medidas adotadas pela UE para responder à crise














Após a reunião dos principais líderes emergentes, o especialistas afirmam que os países emergentes, em especial a China, terão um papel fundamental para o fim da crise financeira do continente e também na preservação do euro.
Confira a notícia:

Depois de meses de discussões e várias debates de mais de dez horas, os líderes da União Europeia definiram ontem (27) um pacote de medidas para resolver a crise de dívidas do continente. Como parte dos esforços para lidar com o problema, os participantes do encontro também concordaram em pedir ajuda às economias emergentes. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, conversou por telefone com o presidente chinês, Hu Jintao, para discutir a contribuição chinesa na Ferramenta Europeia de Estabilidade Financeira. Especialistas chineses consideram que todos os lados devem participar da resolução da crise de dívidas.

A porta-voz da chancelaria chinesa, Jiang Yu, afirmou ontem que como importante parceira estratégica da União Europeia a China sempre manteve confiança no euro e na economia da zona do euro. Disse ainda que o país deseja a estabilidade econômica da União Europeia e da zona do euro.

"Apoiamos as medidas ativas tomadas pela União Europeia para responder à crise de dívidas. Queremos discutir a maneira de cooperação bilateral com base em benefícios mútuos e ampliar as colaborações em comércio, investimento, tecnologia e finanças."

Quanto ao desejo da China de investir na Ferramenta Europeia de Estabilidade Financeira, a diretora do Departamento de Economia Mundial do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, Chen Fengying, considera que o país deve participar ativamente na iniciativa. Isso porque, segundo ela, é possível que a crise ameace a China. Para ela, a assistência financeira à Europa também é uma ajuda à própria China.

"Atualmente, a crise de dívidas não é apenas uma questão da zona do euro. Ela vai afetar a estabilidade financeira mundial. Uma vez que a Europa tenha elaborado um pacote de medidas e decidido canalizar um trilhão de euros de garantia, a segurança do investimento é confirmada. Neste contexto, a China deve oferecer ajuda. Tanto através da plataforma do G20, como do Fundo Monetário Internacional e do regime financeiro da própria Europa, devemos dedicar verbas para lutar contra a crise de dívidas. As cooperações em diversos setores são muito importantes para as relações sino-europeias."

Ao falar sobre os meios da participação chinesa na resposta à crise de dívidas europeia, Chen Fengying ponderou que, além de comprar títulos de crédito do bloco, a China pode agir em outras áreas. Para a especialista, ao auxiliar a Europa a superar as dificuldades, a economia de mercado da China vai ser aperfeiçoada.

"As cooperações em outros domínios também são importantes porque achamos que as cooperações tecnológicas, como a exportação de produtos com maior nível tecnológico, são um aspecto muito significativo para nós. Posso dizer que vemos esperança nesta crise, que é o aumento das cooperações entre o Ocidente e o Oriente. Disputávamos no passado, mas com a agravação da crise de dívidas, as colaborações se reforçaram. Acho que é um bom fenômeno."

Fonte: http://portuguese.cri.cn/561/2011/10/28/1s141714.htm

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