quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O perfil das marcas no facebook.


Por Corey Mull, para o Advertising Age*

Noah Brier, da Percolate, recentemente escreveu no AdAge que “páginas de marcas no Facebook não são nada diferentes da minha e, por fim, isto quer dizer que as marcas têm que atuar (e criar conteúdo) como as pessoas nessas plataformas.” 

A primeira parte é verdade: marcas têm acesso ao mesmo status/update que os consumidores, e seus updates vão para a mesma corrente dos amigos humanos reais dos clientes. Mas isso não necessariamente significa que as marcas têm que agir – ou criar conteúdo – exatamente como pessoas. Por quê? Marcas não são pessoas. 

Indivíduos são organismos complexos, produtos de dez milhões de anos de evolução. Marcas são dispositivos inventados “recentemente” para ajudarem os consumidores a identificar um produto e diferenciá-lo de seus concorrentes. Grande parte das pessoas, quando se depara com marcas online, percebe que pode ter humanos associados a elas, mas a marca em si não é humana. 

“Mas por que não tentar tornar minha marca o mais humana possível?” - você pode se perguntar. Consumidores não querem que marcas sejam pessoas. Em uma pesquisa da CEB Survey realizada no ano passado, descobrimos que somente 23% dos clientes possuem relacionamento com marcas – e eles já são fãs da marca em questão. O resto não está interessado em uma relação, independentemente de gostarem da marca ou não. 

“E todos aqueles fãs do Facebook?” – você pergunta. Eles pedem descontos e ofertas (61% e 55%, respectivamente), não para conectarem-se ou fazer parte de uma comunidade. As pessoas querem interagir com marcas como as entidades comerciais que elas são, não como entidades humanas que divulgadores gostariam que fossem. Estratégias típicas de compromisso ou têm pouco impacto ou são chatas para a maioria dos consumidores. Claramente, não é a melhor opção de retorno sobre investimento. 

No mesmo estudo da CEB, descobrimos uma epidemia de indecisão, troca de marcas e atrito entre clientes fazendo compras: 70% adiam a decisão pela marca até o ponto da compra e 20% continuam a pesquisar produtos depois da aquisição. A maior culpada por estereótipos de comportamento é a sobrecarga cognitiva – condição na qual consumidores absorvem tanta informação, que são incapazes de tomarem uma decisão precisa. A estratégia de marketing de imitar pessoas – e destilar conteúdo para direcionar o engajamento da marca – pode levar à sobrecarga cognitiva do consumidor. Isto não ajuda. 

O perigo das marcas “humanas” com base no relacionamento e focadas no engajamento é mais aparente quando se olha o interior da organização do marketing. Para fazer marcas mais receptivas, engajadas e humanas, os líderes do marketing correram atrás de certos tipos de empregados: ágeis, conhecedores de tendências, habituados ao digital, ativos e com forte vontade de experimentar. 

Se não pela humanidade, então, pelo que as marcas devem lutar? 

Lute para ajudar consumidores a simplificarem suas vidas barulhentas. Facilitar conselhos honestos consumidor-a-consumidor e tornar a compra o mais simples possível possibilitarão mais boa-vontade do que um milhão de atualizações engajadas no Facebook. 

Redirecione o marketing para objetivos de longo prazo. Use medidas saudáveis para o consumidor – como fidelidade, divisão de carteira e desenvolvimento individual do cliente – para avaliar a marca e seu desempenho funcional. Evite transações métricas típicas de plataformas de mídias sociais. 

Contrate pela habilidade de focar em poucos e importantes objetivos. Traga uma equipe que supera distrações, recuos ou longos períodos sem feedback, em vez de contratar divulgadores ágeis, enérgicos e habilidosos na área digital. 

* Corey Mull é analista sênior da CEB 

Tradução Isabella Lessa 



(Via meioemensagem.com.br)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

4 passos para montar um plano de carreira.



Todo profissional deve ter os objetivos de sua carreira definidos. Começando pela profissão escolhida, determinar planos, mesmo que de curto prazo, para avaliar o que consegue entregar e que vai agregar valor a sua profissão é fndamental.
A diretora em transição de carreira da Right Management, Matilde Berna, diz que um plano de carreira é feito de escolhas. “A cada fase da carreira e da vida existem escolhas que são importantes avaliar. Fazer um plano de carreira é olhar em uma perspectiva e traçar objetivos ao longo do tempo”.
Em que fase da carreira você está? É preciso avaliar se está começando a carreira ou na fase de consolidação, entre 40 e 45 anos. Fazer um plano de carreira está relacionado ao que te motiva, te interessa e o que tem como objetivo.
Segundo Matilde, esses objetivos podem ser delineados todos os anos, ou em uma linha de longo prazo. É preciso analisar em que ponto você está e onde pretende chegar. "Também é importante conhecer quais suas habilidades, conhecimentos, interesses, o que te motiva efetivamente?"
Ser claro em suas escolhas. De acordo com Matilde, quando você se enxerga, sabe em que momento está, quais habilidades e conhecimentos você carrega, é mais fácil saber onde quer chegar, quais os objetivos: ser gerente?, gestor? presidente? É preciso conhecer o que falta para chegar onde você quer.
Não precisa decidir o que quer ser daqui a 20 ou 30 anos. Ao escolher uma profissão, é preciso prestar atenção no mercado para conhecer que a construção de uma carreira não é simples. “Tem percalços e conquistar os objetivos é um trabalho árduo”.
Olhar para o mercado. Conhecer a complexidade do mercado, “conhecendo os obstáculos, você traça um plano interessante, mas não irreal”, diz Matilde. Um plano de carreira não é traçado em linha reta. “É uma opção sua escolher a universidade que vai cursar, escolher a atividade que vai fazer, mas você não tem total domínio de onde vai trabalhar e se o mercado vai responder positivamente às suas ações”, destaca Matilde.
Autoconhecimento. O profissional deve buscar conhecimento sobre os significados deste trabalho em sua vida. Quanto de dinheiro quer ganhar, o quanto está disponível em relação ao tempo, a mobilidade. Segundo Matilde tudo isso é investimento financeiro e de tempo.
“O plano de carreira tem que ter clareza de quem é o profissional, das suas habilidade, do que eu já conhece e com o que tem afinidade. É muito importante olhar para o mercado e ver para onde ele está indo.
A diretora de carreira, enfatiza que quando se fala de sucesso na carreira, não estamos falando apenas de capacidade cognitiva e de habilidades, mas também de ter também boas atitudes, conduta, em qualquer ambiente. 
A sua capacidade de lidar com essas relações, com os conflitos e com a pressão é fundamental para ter uma carreira bem sucedida. “Não basta ter somente uma grande capacidade técnica, e sim atitude frente aos problemas”, finaliza.
(Via @Administradores)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Economia brasileira: a realidade é didática e faz crescer



Por Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial.
Após anos de euforia generalizada, com algumas bravatas internacionais e depois de um breve e deselegante período de revanchismo diante de algumas nações eventualmente combalidas pelas consequências da crise que se estabeleceu em 2008, o nosso gigante (já não mais adormecido) aparentemente se despede, pouco a pouco, do surto de adolescência (os paraguaios não concordarão com isso, eu entendo) e gradualmente volta à normalidade.
O fato é que não existe nada mais didático que a adversidade. Sentir a água bater no queixo vale mais do que mil relatórios e amadurece até os mais bravios pugilistas de PIB.
E, como sabemos, desde os últimos meses do ano passado a água foi subindo, passando dos braços e se estendendo em 2012 pelo pescoço com uma velocidade que foi mais do que suficiente para encerrar o ciclo de anestesia e cegueira econômica crescente no qual alguns setores brasileiros (e não foi só o político) estavam mergulhando.
É bem verdade que não observamos por aqui nenhuma derrocada, mas a crescente desindustrialização e a queda do ritmo de crescimento assustaram a muitos – e junto com isso veio a frustação de inúmeras expectativas. Com o susto veio a realidade, sempre cristalina, óbvia, direta e sem rodeios. E o seu recado não podia ser mais explícito.
Era preciso alçar um novo patamar, com foco em produtividade e potencialização da capacidade empresarial, que não poderia mais se sustentar apenas no consumo interno e onde a força indutora do governo não poderia mais operar apenas na solução de emergências setoriais ou por meio de programas meramente assistencialistas, mas atuar com investimentos em infraestrutura pesada com pressão para a queda sustentável das taxas de juros.
Em resumo, a consciência de nossas lideranças acordou para a necessidade de um choque de capitalismo inteligente, onde, cada vez mais, os discursos vazios, ufanistas ou motivacionais cedem espaço para a disciplina e o senso de competição internacional com mais transpiração e empenho cerebral e menos trombetas e fanfarras.
Muitos problemas permanecem latentes, as reformas avançam em lenta velocidade, a carga tributária massacrante e o imenso Estado continuam firmes (muito embora existam alguns sinais claros de recuo) e sabemos que o novo programa de privatização via modelo de concessões não avançará da noite para o dia.
Mas, ao que tudo indica, todo esse conjunto de mudanças e propostas não vai ficar parado e nem tão pouco funcionará apenas como peça de marketing eleitoral. Fora do campo econômico e social, observamos o natural (por vezes lento) fortalecimento das instituições, sem ataques a liberdade de imprensa e de expressão, e aparentemente com menos patrulhas ideológicas em cima do vocabulário corrente, livros escolares e outras manifestações.
Tudo isso pode parecer uma grande perfumaria de trivialidades para um observador menos astuto, mas não há economista que não saiba que uma grande potência não se constrói ou se sustenta com longevidade sem respirar no seu dia-a-dia a atmosfera de plena liberdade democrática.
Por fim, cada vez mais fazemos menos barulho e, com isso, somos cada vez maiores. Nosso futuro agradece.
(Fonte: dinheirama.com)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A internet e a sobrecarga das informações



Um trio de pesquisadores da Northwhestern University e da Universidade de Michigan, entrevistou sete grupos de 77 pessoas para entender a psiqué do novo consumidor midiático e chegou a conclusão de que a sobrecarga de informação é um problema para os mais antigos, mas não para a geração atual.
Ao contrário do que muitos especialistas afirmam quando dizem que esta geração sempre online é formada por pessoas anti-sociais, mais preocupadas com atualizações e hashtags do que com abraços, o novo estudo aponta que os participantes são entusiasmados e cheios de energia, justamente pelo volume de informações que recebem o tempo todo. De acordo com a pesquisa, é a qualidade da informação, e não a quantidade, que lhes afeta positiva ou negativamente.
“Ao invés de se sentirem pressionados por muitas opções, os participantes revelaram aproveitar a liberdade que isso traz, especialmente quando se trata de informação online”, explica o estudo. “O entusiasmo pelas novas mídias foi praticamente unânime“.
Segundo a pesquisa, a televisão ainda é o meio de mídia mais popular, seguida pelos websites. Mas os jornais televisivos são frustrantes para esta nova geração, infeliz com o sensacionalismo diário. Eles preferem buscar suas próprias notícias em feeds e blogs.
A pesquisa mostra ainda que 20 dos 77 participantes mantinham sentimentos negativos em relação às mídias sociais, enquanto os demais eram positivos ou “extremamente positivos”. Mesmo neste caso, o sentimento negativo se deve à reputação das redes e não ao conteúdo publicado.
Onze dos 77 entrevistados reclamaram de sobrecarga de informação e um deles disse que chega a hiperventilar pelo nervosismo da diversidade de escolhas.
Um dos autores do estudo diz que a sensação de sobrecarga de informação é mais comum nas pessoas com baixo conhecimento do uso da Internet e os inúmeros conteúdos.

(Via jornaldoempreendedor.com - Texto adaptado)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Brasil e os desafios do empreendedorismo digital.


O Brasil deixou de ser apenas referência em Carnaval, o país da Amazônia, do futebol, das empresas internacionais, como Petrobrás, Embraer e Vale, que muito nos orgulham, para ser referência em tecnologia e mercado digital.
Ocupando o sétimo maior mercado de TI no mundo, os bancos brasileiros são os mais inovadores nessa área, nossas eleições são informatizadas (com o resultado saindo quase que instantaneamente). Temos produtos, empresas e profissionais de destaque em todo o ecossistema da tecnologia mundial.
Exatamente por isso, em muito em breve o Brasil será um dos três centros globais de tecnologia para pesquisa e desenvolvimento no mundo, disputando essa posição com a India e China, perdendo apenas para os EUA e o Japão.
Por outro lado e apesar de todo esse “boom brazuca”, infelizmente ainda temos vários problemas: legislação tributária ultrapassada, leis trabalhistas impeditivas e pouco ou quase nenhum apoio governamental (Federal, Estadual e Municipal).
Para completar os desafios, li uma nota em que o Ministério do Trabalho informava que não estamos formando engenheiros e bacharéis em ciências da computação com rapidez suficiente para atender este crescimento e demanda. Precisamos de gente qualificada e com boa formação.
Os empreendedores, no entanto, estáo fazendo cada vez melhor a sua parte e têm colaborado bastante com iniciativas independentes e projetos tão bons quanto os similares nos grandes centros no mundo. Isso também tem atraído cada vez mais a atenção de investidores para o Brasil.
(Via @JoaoKleper - dinheirama.com)