segunda-feira, 7 de maio de 2012

A viagem sem volta

A China durante milênios, manteve-se isolada do planeta. Henry Kissenger, o ex-secretário de Estado de Richard Nixon e Gerald Ford, acredita que essa solidão sempre esteve associado ao gigantismo e à diversidade territorial do país. Tais características fortaleciam o sentimento que o ''império do Meio'' era um universo em si. Ele se bastava.

Hoje, a situação se inverteu. Os chineses dependem do resto do mundo. O país asiático, que protagonizou um salto econômico sem pretendentes na história, não possui recursos naturais necessários para manter suas taxas de crescimento. Ele precisa de doses crescentes de alimentos e matérias-primas. A China parace insáciavel.
 
Nos próximos dez anos, 200 milhões de chineses ( o equivalente à população do Brasil), devem ascender à classe média. O consumo tende a explodir. A expectativa é que a renda dos trabalhadores aumente 7% acima do PIB a cada ano. E a produto do país deve avançar em um ritmo anual de 7,5%. Além disso, em 2012, a população urbana da China superou a rural: 51,3% das pessoas já vivem em cidades. Esse êxodo rural do campa aumenta exponencialmente a demanda por infraestrutura. Até  2025 o governo de Pequim quer construir 81 cidades planejadas e um total de 400 milhões de moradias. E claro, o povo tem que comer. É por isso, que o " Império do Meio" nem sonha mais em se fechar em uma concha.

Fonte: Negócios Ed. Abril pág 73

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