terça-feira, 29 de maio de 2012

Executivo brasileiro é o que mais aceita contraproposta no mundo



Os executivos brasileiros são os mais propensos a aceitar contraproposta no mercado de trabalho. Segundo pesquisa da Robert Half divulgada nesta segunda-feira, 24% dos entrevistados brasileiros dizem ser "muito comum" que colaboradores aceitem contraproposta. Em seguida, o quadro se repete em Singapura (16%). A média mundial é de 8%. O levantamento foi feito com 1.876 profissionais da área de recursos humanos de 16 países como Austrália, China, Alemanha e Reino Unido.

O estudo aponta ainda que nos últimos seis meses as contrapropostas se tornaram mais comuns em 39% das empresas brasileiras, índice igual ao observado no Chile. Porém, os países líderes em oferecer contrapropostas de trabalho são China (68%) e Singapura (58%).
"É notável que em países onde o mercado está aquecido, e há dificuldade de se encontrar profissionais qualificados, as empresas têm utilizado a contraproposta como ferramenta de retenção dos talentos", diz a Robert Half.
A entidade aponta também que a maioria das empresas que não oferece contraproposta não o faz por política da organização (29%). No Brasil, que acompanha essa tendência global, a segunda principal razão é que as empresas não vislumbram futuro em um profissional "cansado e insatisfeito" (20%).

Preocupações

Apesar de ser uma ferramenta de retenção de trabalhadores, as preocupações que a contraproposta gera envolvem a desestabilização da estrutura salarial do departamento (29% no mundo e porcentagem também vista no Brasil) e o desgaste do relacionamento do profissional com chefe e colegas.
Além das preocupações, o trabalhador que aceitar uma contraproposta também enfrenta riscos, diz a Robert Half, como o fato de os chefes não "perdoarem" o executivo que considerou trabalhar em outra empresa. A situação pode ser vista como falta de comprometimento com a companhia. Além disso, diz a consultoria, se a empresa passar por um momento de crise, o nome deste profissional pode ser cogitado para cortes.
Outro risco possível, diz a entidade, é haver oportunidade de treinamentos ou convenções no exterior, quando a presença do executivo poderá ser questionada.
A Robert Half aponta ainda que funcionários que aceitam contraproposta costumam sair, voluntariamente ou não, depois de um ano, uma vez que as razões que o levaram a procurar um novo emprego ainda persistem e o aumento de salário costuma ser um paliativo para a situação.

Fonte: Terra.com

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